Informações e foto: Adenir Brocco/Diário do Sudoeste
Após dez meses de investigação, as Polícias Civil e Militar desenvolveram na manhã desta sexta-feira (13) a Operação Trilha, no cumprimento de mandados de prisão contra integrantes de um grupo de pistoleiros de aluguel que agia desde 2008 na região de Chopinzinho/PR. Entre os presos estão dois policiais militares e um civil, suspeitos de envolvimento em mais de dez homicídios.
A operação envolveu mais de 100 policiais civis do Paraná, com o auxílio de policiais de Santa Catarina. As prisões ocorreram em várias cidades do sudoeste do Paraná e também em Santa Catarina. Um dos suspeitos, que reside em Saudade do Iguaçu/PR, reagiu à prisão. Ele atirou contra os policiais, mas não acertou e acabou preso. Durante a operação também foram apreendidas armas e equipamentos que eram utilizados pelo grupo de extermínio.
Na maioria dos crimes os pistoleiros utilizaram uma moto preta e usavam capacete para dificultar a identificação. Os nomes dos acusados não foram divulgados porque o processo corre em segredo de Justiça.
O delegado Rômulo Contin Ventrela, que comandou a operação, afirmou que policiais das Delegacias de Coronel Vivida/PR e Pato Branco/PR se empenharam com o objetivo de solucionar a onda de homicídios que vinham ocorrendo em Chopinzinho e região. O delegado informou que havia dois pistoleiros que agiam em conjunto com outras pessoas, sendo que os policiais envolvidos teriam chegado ao ponto de até encomendar mortes.
Ventrela disse que os motivos dos homicídios são diversos por se tratarem de crimes encomendados. “Pode ser desde uma desavença familiar até um desacerto no mundo do crime. O que a gente apurou é que acabou se banalizando. Muitos falavam só está morrendo ladrão, o que é uma inverdade. Independente se a pessoa tinha ou não passagem pela polícia, esse tipo de crime não pode jamais ficar impune. O que é pior, muita gente inocente acabou sendo morta por essas pessoas quase que por tabela".