Informações: Atual FM
Foto: Rádio Aliança
O Ministério Público Eleitoral protocolou na segunda-feira (12), no Cartório Eleitoral, uma ação pedindo a cassação do diploma dos candidatos a prefeito e vice eleitos em Concórdia. Rogério Pacheco (PSDB) e Edilson Massocco (PR) são investigados por captação de sufrágio, ou seja, compra de votos durante o período eleitoral.
O promotor, Felipe Prazeres Salum Müller, da comarca de Concórdia, ainda solicita ao judiciário a anulação das eleições municipais de 2016 e a inelegibilidade dos dois candidatos, conforme determina a legislação eleitoral.
A representação tem com base a conclusão de um inquérito feito pela Polícia Civil de Concórdia. O promotor afirma que está comprovado nos autos que houve “captação de sufrágio” por parte do primo do candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Rogério Pacheco (PSDB).
Os supostos crimes eleitorais ocorriam a partir da entrega de vale combustível. Conforme a promotoria pública, a partir da colocação de adesivos da coligação vitoriosa em veículos o proprietário teria direito a dez litros de gasolina de forma imediata e outros dez nos últimos dias da campanha.
Durante busca e apreensão foi possível apreender adesivos na empresa de propriedade do primo do candidato a vice-prefeito e um computador do posto de combustível com um vale de dez litros de gasolina. O Ministério Público lembra que os adesivos foram apreendidos na véspera da eleição e eram os mesmos distribuídos pelo comitê de campanha.
O Ministério Público indiciou dois primos de Edilson Massocco e também o proprietário do posto de combustíveis que, supostamente, estava abastecendo os veículos. Nos equipamentos do posto a Polícia Civil também conseguiu identificar muitos registros de abastecimentos de dez e 20 litros.
O caso será analisado pelo judiciário de Concórdia nas próximas horas. A diplomação dos eleitos estará marcada para esta quarta-feira (14), a partir das 17h, no Fórum.