Problemas técnicos impedem equipe Pato a Jato de chegar ao pódio

Geral
Detroit | 27/04/2016 | 08:38

Autor: Angela Maria Curioletti
Foto: Equipe Pato a Jato

A cidade de Detroit, nos Estados Unidos, realizou, de 22 a 24 de abril, a 10ª Shell Eco-marathon Americas. Com o objetivo de fomentar a pesquisa energética e encontrar alternativas para solucionar o futuro da energia, o evento promoveu uma série de competições de protótipos de carros ultraeficientes, incentivando o debate sobre como a sociedade pode usar tecnologia, colaboração e pragmatismo na busca por soluções efetivas para a matriz energética mundial.

A equipe Pato a Jato, do curso de Engenharia Mecânica da UTFPR de Pato Branco (PR) foi uma das participantes. O protótipo que foi para a competição de 2016 utilizou fibra de carbono em um chassi monocoque, considerado uma grande evolução em comparação com o protótipo que foi à competição do ano passado, com uma estrutura em alumínio e carenagem em fibra de vidro. Em 2015, o grupo Pato a Jato conquistou o 2º lugar na categoria Combustíveis Alternativos, com o protótipo Popygua, movido a etanol.

Sem pódio em 2016

Animados com a segunda participação em Detroit, os acadêmicos de Pato Branco não tiveram tanta sorte este ano. Em comunicado em uma rede social, a equipe diz que, após ter passado por todas as etapas da rigorosa inspeção técnica, foram realizadas quatro tentativas nas pistas da cidade. "Infelizmente por problemas técnicos não conseguimos validar nenhuma das tentativas. Tentamos com muito esforço e auxílio de equipes parceiras participar de mais uma tentativa, entretanto o cronograma da competição é muito enxuto e a entrada não foi permitida quando estávamos a poucos metros da pista".

O comunicado anda explica que o projeto ousado deste ano exigiu dedicação de toda a equipe, pois foi foi planejado e executado em um muito curto espaço de tempo. "Um dos maiores desafios de se participar de uma competição internacional é superar a burocracia e os custos envolvidos com o transporte do protótipo".

Com isso, a equipe Pato a Jato esclarece que o protótipo era desmontável e se encaixasse nos limites de peso e dimensão da empresa aérea. Mas, apesar de todos os cuidados tomados, uma das baterias não pôde ir junto com a bagagem. "Podemos dizer que esse fato contribuiu diretamente para a falta de sucesso nas nossas tentativas, uma vez que o tempo entre as tentativas era muito curto e o motor precisava permanecer aquecido. Diante dessa situação buscamos ajuda com outras equipes e conseguimos uma bateria emprestada, entretanto o protótipo continuou a apresentar problemas".

Ao fim do comunicado, a equipe agradece todos os colaboradores e seguidores dizendo que essa foi apenas uma etapa onde todos aprenderam muito. "Gostaríamos de agradecer enormemente ao apoio dado e esperamos que vocês continuem ao nosso lado, nos ajudando a trazer bons resultados e a contribuir com a comunidade".