Informações: MB Comunicação
Foto: Arquivo/Minutta
A redução no volume de oferta de leite no mercado barriga-verde em abril e março refletiu nos preços de referência – aumento linear de R$ 0,04 centavos por litro – anunciados nesta semana pelo Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado de Santa Catarina (Conseleite).
O Conseleite projetou os valores do leite padrão para o mês, registrando aumento de 3,9%, passando para R$ 1,1067. O leite acima do padrão ficou em R$ 1,2727 e, abaixo do padrão, R$ 1,0061.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), José Zeferino Pedrozo, observa que a diminuição na oferta decorre basicamente da menor produção de leite. Um dos fatores que impactou a produção e a produtividade foi o alto custo das rações e outros insumos. Segundo ele, isso levou o criador a diminuir a qualidade e a quantidade da nutrição animal. Também contribuiu com o enxugamento do mercado a exportação de leite em pó.
“Teremos um período de alta nos preços do leite em decorrência de uma oferta menor de matéria-prima”, prevê o dirigente, lembrando que as margens do produtor foram comprometidas ao longo de 2015 devido aos baixos preços praticados. “Já era hora do produtor começar a ter resultados melhores com a pecuária leiteira”, assinala.
“Com certeza os preços praticados pelas indústrias na aquisição da matéria-prima subirão, mas, os custos acompanharão essa escalada", resume o presidente da Faesc.
Posição
Santa Catarina é o quinto produtor nacional, o Estado gera 2,8 bilhões de litros/ano. Praticamente, todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O Oeste catarinense responde por 73,8% da produção. Os 80 mil produtores de leite (dos quais, 60 mil são produtores comerciais) geram 7,4 milhões de litros/dia.