Informações e foto: Hospital Policlínica
A primeira cirurgia ortopédica com assistência robótica realizada em Pato Branco (PR) aconteceu no dia 24 de outubro. O procedimento foi possível graças à parceria firmada entre o Hospital Filantrópico Policlínica (HFP) e a Clínica Ortotrauma. A parceria resultou na instalação do robô Rosa (sigla para Robotic Surgical Assistant – assistente cirúrgico robótico, em tradução livre), para cirurgias de joelho e quadril, inicialmente.
A primeira cirurgia teve um paciente de 64 anos, de Pato Branco, e foi via Consórcio Intermunicipal da Saúde (Conims). No dia seguinte foi a vez de um paciente de 74 anos, também de Pato Branco, que tem convênio com a Poli Saúde. Inicialmente, as cirurgias com a assistência do robô estão disponíveis apenas para pacientes particulares. Mas, há a ideia de disponibilizar certo número de procedimentos cirúrgicos para pacientes do SUS. Nas próximas semanas, a possibilidade será discutida com representantes da saúde pública da região.
O diretor de Saúde do Hospital Filantrópico Policlínica, Daniel Emygdio do Nascimento, destaca que a utilização do robô em cirurgias ortopédicas representa um salto tecnológico para a instituição. “Os equipamentos médico-hospitalares estão em constante evolução, mas, por serem em sua maioria importados, demandam altos valores. Graças à parceria com a Clínica Ortotrauma, pacientes das regiões centro-sul, oeste e sudoeste do Paraná e até do extremo oeste catarinense poderão ser beneficiados. E o parque tecnológico do Hospital ganha uma atualização”, esclarece.
O médico ortopedista e traumatologista Neri Machado Jr, diretor da Clínica Ortotrauma e integrante do Corpo Clínico do HFP, explica que a utilização de robôs em cirurgias é uma tendência e que os pacientes estão cada vez mais conscientes de suas opções em cuidados de saúde. O especialista em cirurgias de joelho acrescenta que o robô foi projetado por cirurgiões para ser um auxiliar preciso e eficiente mantendo o cirurgião no comando e permitindo que ele utilize sua técnica e possa se concentrar em obter o resultado ideal para seus pacientes.
“O robô não está desvinculado do ato médico, é um assistente do cirurgião, e resulta em maior precisão, com recuperação mais rápida e com mais conforto para o paciente. A expectativa é de atender aos pacientes com mais de 60 anos, especialmente aqueles que necessitam de próteses no joelho ou no quadril”, detalha Neri Machado Jr.
A utilização do robô como assistente em cirurgias proporciona vários benefícios aos pacientes.
Maior precisão: o robô permite planejamento pré-operatório detalhado, garantindo que as próteses sejam posicionadas de forma mais precisa, o que resulta em melhor funcionamento e durabilidade.
Menor invasão: os cortes realizados durante a cirurgia são menores e mais precisos, o que leva a uma recuperação mais rápida e menos dolorosa.
Menor risco de complicações: a precisão, com auxílio do robô, reduz o risco de complicações como desalinhamento da prótese e lesão de nervos.
Resultados mais previsíveis: os pacientes podem esperar uma recuperação e um retorno mais rápidos às suas atividades diárias.