Autor: Marcelo Coan
Foto: Assessoria

Depois de ficar cerca de 11 meses como secretário regional da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de São Lourenço do Oeste, Tomé Francisco Etges confirmou que enviou na semana passada uma carta com o pedido de demissão do cargo ao Governo do Estado.

O secretário da SDR contou que, após o período de férias — que vai até o final de janeiro — ele reassumirá o cargo de carreira na Secretaria da Fazenda. Paralelo a isto, ele disse que deverá se empenhar como representante local do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) nos trabalhos de oposição do governo municipal. “Nossa preocupação maior é com o que acontece em São Lourenço do Oeste”, explicou ele.

Embora esteja saindo em um momento em que as atenções políticas estão voltadas para pré-candidaturas e que o PSDB trabalha para indicar um nome da região para a disputa eleitoral, o ex-prefeito de São Lourenço do Oeste disse que a princípio não deverá entrar no pleito.

Etges falou que a possibilidade de uma candidatura como deputado estadual existe, contudo, ele já adiantou que é “pouco provável”. Explicou que o partido, de forma regional, está trabalhando para construir uma candidatura, pois existem diversos nomes que poderiam cumprir com o papel de candidatado.

Ao mesmo tempo em que Etges diz que a região sente falta de um representante na Assembleia Legislativa do Estado, ele reconhece que uma candidatura é um projeto difícil de ser viabilizado, tendo em vista que o número de eleitores é baixo.

Saída da SDR

Ao falar sobre a decisão de deixar o cargo de secretário da SDR, Etges falou que o PSBD, partido oposicionista do atual governo municipal, precisa cumprir com o seu papel, ou seja, ser oposição. A ideia, segundo Etges, que também é presidente do partido no município, é fazer uma oposição propositiva para que o município cresça. “Não vamos fazer oposição ao governo que está aí. Vamos fazer oposição para impedir que o retrocesso aconteça”.

Tendo em vista esta vontade, o presidente do partido explicou que este trabalho se torna incompatível com a função de secretário da SDR — o qual seria inverso, ou seja, ser o intermediador entre o governo do município e o do Estado. “Não que a gente vai atrapalhar este diálogo. Pelo contrário, queremos que aconteça e que seja proveitoso. Porém, é incompatível, no âmbito local, você desempenhar bem o papel de opositor e ao mesmo tempo ser o negociador [em nome do Estado] com o governo do município”, disse ele e emendou que a decisão de deixar o cargo na SDR foi tomada para preservar a liderança da oposição local.

Novo secretário

Como o cargo de secretário da SDR é um espaço de visibilidade, especialmente no meio político e de indicação política, Etges disse que diversas pessoas demonstram interesse na vaga, contudo, ele adiantou que a participação do PSDB na escolha de um novo secretário é reduzida. Segundo ele, se as coisas permanecerem como estão o partido deverá romper com o Governo do Estado.