Autor: Marcelo Coan
Foto: Arquivo/Minutta
Ainda existem dúvidas, contudo, o secretário de Estado da Infraestrutura, João Carlos Ecker, disse que está ciente que uma decisão do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) pode tirá-lo do comando da pasta. “Há uma discussão muito grande, pois o PMDB perdeu parte da Secretaria que é o Deinfra – uma empresa de governo dentro da Secretaria que é responsável por 90% das obras. Isso tem trazido alguns transtornos para o partido”, disse ele explicando que em função disso o vice-governador, Eduardo Pinho Moreira (PMDB), teria sinalizado a possibilidade de uma troca.
Ao lembrar que o compromisso com o governo havia encerrado no fim de 2014, Ecker falou que deixou o partido a vontade para tomar a decisão. “Existia essa possibilidade de sair, mas conversando com o senador Luis Henrique da Silveira, dias antes de sua morte, ele me disse que estava trabalhando para que eu permanecesse, pois o governo e parte do partido não quer isso [a saída]”, falou ele adiantando que é preciso aguardar até pelo menos o fim do mês.
“Eu tenho a palavra do governador de que está satisfeito. Mas você sabe que cargo de secretário e ministro de governo tem muitos que almejam, principalmente por algumas regiões do Estado”, falou lembrando que a regiões de Joinville e do Sul não têm secretário de Estado no governo. Em contrapartida, a região Oeste estaria no comando de três pastas. São Lourenço do Oeste com a Infraestrutura, Concórdia com a Agricultura e Xanxerê com a Fazenda. “Essa questão está dentro do partido, pois o doutor Eduardo [Pinho Moreira], que é do Sul, se sente um pouco desprestigiado por ter sido vice-governador e presidente do PMDB. A sua região não está em nenhuma grande secretaria de governo”.
Acreditando num acerto, Ecker confessa que Luis Henrique da Silveira vai fazer uma diferença grande nessa “briga”. “Eu devo tudo a ele. Era uma das pessoas que me mantinha com muita força no cargo e hoje já não está mais entre nós. Se houver a mudança é por vontade do presidente do partido e mais em virtude de que o Sul possa assumir um cargo de primeiro escalão do governo”.