Autor: Angela Maria Curioletti
Fotos: Arquivo pessoal
Realizada com o auxílio de cães, a cinoterapia é muito utilizada como terapia para crianças com problemas psicológicos, problemas de relacionamento social ou afectividade (por exemplo, autismo). Mas, já é comprovado que este trabalho também tem ótimos resultados com pessoas de outras idades, por isso a cinoterapia pode ser feita de crianças até idosos.
Em Xanxerê, alguns bombeiros, de forma voluntária, realizam este trabalho com pacientes do Hospital São Paulo todas as terças-feiras. A bombeira Silvia Regina Baraldi diz que a cinoterapia também era feita com alunos da Apae, mas por falta de efetivo neste ano o trabalho não está sendo feito.
Um dos cães que vai até o hospital se chama Brasil. Ele pertence a um colega de Silvia. Já está aposentado do serviço de busca e resgate e agora trabalha para o batalhão do Corpo de Bombeiros com a cinoterapia. Além de Silvia, outros dois colegas vão até o Hospital São Paulo. Junto ao cão Brasil também trabalham o Elvis (um fox paulistinha), e a Dana, filha do Brasil (labrador). "Tinha o Zorg, um labrador branco que já faleceu", acrescenta Silvia.
Sobre as visitas, elas se concentram nas alas de cardiologia e pediatria, além da interação com pacientes adultos na clínica geral. "Este trabalho é muito gratificante. Quando entramos nos quartos, a tristeza dá lugar a belos sorrisos, os pacientes começam a contar dos seus animais, o nome, a raça, alguns choram de saudade, contam longas histórias, querem tirar fotos com nossos cães, enfim, ver esses sorrisos não tem preço, é muito lindo", relata Silvia.
A voluntária ainda diz que a cinoterapia, muitas vezes, consegue fazer em 15 minutos o trabalho que os fisioterapeutas levariam até uma hora. "É um trabalho lúdico e com resultados impressionantes", diz.