“Vem pra rua”: manifesto em São Lourenço do Oeste reúne em torno de 500 pessoas

Geral
São Lourenço do Oeste | 13/03/2016 | 18:16

Autor: Marcelo Coan
Fotos: Angela Maria Curioletti e Marcelo Coan

Assim como em outras cidades do país, centenas de pessoas se reuniram na praça da Bandeira, em São Lourenço do Oeste, em prol de um país mais democrático, com ética na política e sem corrupção. De acordo com os organizadores, houve a participam de aproximadamente 500 pessoas. A Polícia Militar (PM) de São Lourenço do Oeste chegou a falar em mil.

Em São Lourenço do Oeste o movimento recebeu apoio da Associação Empresarial de São Lourenço do Oeste (Acislo), grupo São Lourenço Seguro, Fraternidade São Lourenço do Oeste, Movimento Nacional “Vem pra rua” e Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc).

Na praça da Bandeira, onde houve a concentração do público, a organização frisou que se tratava de um movimento apolítico, pacífico e ordeiro. Uma carta também foi lida. “O chamado de hoje é para um Brasil ético, justo, próspero e com valores sólidos. E, acima de tudo, por um Brasil unido. Pelo apoio ao juiz Sérgio Moro e Polícia Federal para que continuem investigando a corrupção no país, em todos os partidos e a todos os políticos”, diz um trecho da carta.

Após a leitura da carta, o grupo percorreu algumas ruas da cidade. Faixas, balões e apitos foram usados. A manifestação foi acompanhada pela Polícia Militar (PM) de São Lourenço do Oeste.

O presidente da Acislo, Aldo Luiz Pan, disse que a associação está a favor do Brasil. “Deixamos bem claro que o posicionamento é apartidário”, lembrando que como representante do setor empresarial a entidade não poderia omitir o descontentamento. “A gente enxerga o sofrimento das empresas, do comércio e da prestação de serviço. Não dá para continuar assim. Temos que fazer alguma coisa”, falou ele emendando que o manifesto é uma forma de mostrar o descontentamento.

Pan disse que é preciso reivindicar e tirar as pessoas que não estão correspondendo com os seus cargos. “Quem está lá e pensa em si próprio não pode estar no comando do Brasil”. De acordo com ele, a sociedade de forma geral perdeu a confiança e isso reflete numa redução de investimentos. “Nós queremos mudança. Uma mudança sadia”, resumiu.

Ernesto João Reck, presidente da Facisc, disse que a entidade encaminhou no dia 1° de março um manifesto a todas as associações empresariais e todos os associados de Santa Catarina. Segundo ele, o documento demonstra um descontentamento com atual cenário do país e com os políticos de forma geral. “A Facisc sempre foi apartidária, mas defendemos o país, pois entendemos que é a coisa mais importante para nós empresários e sociedade”, disse.

Reck explica que a federação quer mudança. “Para as mudanças acontecerem, não é um partido. Pensamos que todos em conjunto poderão fazer a diferença. Claro, cada partido deu sua contribuição negativa para a vivência de hoje. Quem não estiver contente que vá para as ruas e faça o protesto”. Segundo ele, o empresariado e a sociedade estão cansados de bons discursos.

Lideranças

Além de lideranças de entidades, a manifestação lourenciana contou com algumas lideranças políticas do município.