Autor e foto: Marcelo Coan

Após um bate boca entre o Executivo e vereadores na última semana durante reuniões com moradores, na sessão desta segunda-feira (10) as bancadas do PSDB e PMDB apresentaram um requerimento. No texto, a cobrança de informações pertinentes aos projetos de asfaltamento da rua Rio de Janeiro.

Por meio do documento, os vereadores solicitam a cópia do projeto original elaborado pela atual administração, cópia do projeto desenvolvido pela a administração anterior, orçamento detalhado dos custos da referida rua e cópia das propostas apresentadas aos órgãos federais na tentativa de captar recursos. As bancadas alegam que as informações servirão para esclarecer as dúvidas da Casa de Leis e também da população em geral.

Lembrando que esteve nas duas reuniões com moradores da rua Rio de Janeiro, o vereador Agustinho Assis Menegatti (PSDB) disse na tribuna livre que há a necessidade de mais informações, por exemplo, sobre o projeto e o valor que cada morador da rua deverá investir para a pavimentação.

Dasio Miguel Franz (PSDB), que também participou das reuniões, disse que ao ser questionado, o Executivo falou que o custo para cada morador deve girar entre 7% e 15% do valor venal do imóvel. Segundo o tucano, a administração precisa ser mais precisa. “Você pode pagar 7% como também pode pagar 15%. São mais de 100% de diferença” disse afirmando que uma reunião desse tipo precisa ter objetivo, clareza e sinceridade.

Segundo o presidente da Casa de Leis, Edu Antonio Borges (PT), é preciso um pouco de prudência em relação a questão. Ele entende que a situação não é simples de ser resolvida. Embora reconheça que a rua Rio de Janeiro seja uma necessidade urgente, ele acredita que falta um pouco de diálogo. Como alternativa, Borges sugeriu ao líder do governo a possibilidade uma conversa entre Executivo e Legislativo.

Reuniões

Na reunião do dia 6, Menegatti questionou o Executivo por ter feito um novo projeto de pavimentação gerando custos ao município. Ele alega que a gestão passada deixou um projeto pronto. O prefeito rebateu afirmando que nada foi encontrado quando assumiu o governo municipal. Ambos discutiram por alguns minutos. Cardoso chegou a ameaçar deixar a reunião alegando que estava sendo desrespeitado pelo vereador.

Embora a conversa tenha tomado outros rumos, no fim os presentes na reunião apresentaram um sugestão. A ideia seria de que o Executivo pagasse uma parte da obra e conseguisse recursos junto aos governos federal e estadual para o pagamento de outra parte, ficando um valor menor para os moradores.

O prefeito disse que a rua interessa ao município e que gostaria de ver a obra feita, mas que pode fazer "aonde não há polêmica", enfatizando que há projetos em outras ruas e os moradores já sinalizaram que aceitam pagar.